quinta-feira, 8 de julho de 2010

Nada de adeus, até logo

"(...) Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar (...)"

(Maria Rita - Encontros e Despedidas)

Nossas lembranças estão guardadas dentro de uma caixa de papelão, todas elas, as cartas trocadas constantemente, tudo. E você partiu e deixou um vazio, apenas a brisa soprando de leve os rostos, as folhas das palmeiras, a cidade rotineira.

Passados alguns anos, você retorna, eu sabendo da notícia corro até sua casa e faço uma visita surpresa. Nos abraçamos intensamente, voltamos a nos falar como antigamente e percebemos que a distância e a falta de contato não mudou absolutamente nada entre nós.

Aquelas meninas de 12 anos ainda vivem! Mais maduras, com mais responsabilidades, porém as mesmas sonhadoras.

Abrimos a caixa da memória e rimos dos fatos ali encontrados. A caixa de papelão também foi aberta e as cartas foram todas lidas. A sensação de "Eu escrevi isso?" era inevitável, e rimos ainda mais. Fizemos planos, houve alguns imprevistos, mas sempre estavamos nos encontrando e colocando as conversas em dia, deixando a par todas as novidades, dúvidas, sonhos, romances, cotidiano e futuro por assim dizer.

Fui pega desprevinida quando veio a noticia da sua nova partida, mas essa seria daqui alguns meses...e esses meses passaram. Hoje a "ficha cai" de como o tempo voou.

Em breve vou vê-la, e não será para conversas costumeiras, e sim para a despedida. Não sei se estou preparada ainda. Sei que as pessoas mudam, e se mudam, mas dessa vez a partida será mais doída que a primeira vez.

Seja como for, sei que nada vai mudar entre nós, a distância será um breve detalhe. Ja provamos que amizade como a nossa nada destrói. Nem o tempo.

Mas vai deixar saudades...e eu te amo.

2 comentários:

Anônimo disse...

chorei ... sua maldita, digo e compartilho os mesmos sentimentos.
te amo, daquele mesmo jeito de quando a gente era pivete juvenil pimpolha espoleta, ou ainda mais.
vai tar sempre comigo, mesmo que sem notar, por que ja faz parte de mim.

um beijo no coração com ternura e até logo :*

Manuka disse...

Ah, as lembranças... de um tempo que vive e que já passou...
Guardadas nas fotos, cartas, presentes trocados entre os melhores amigos. É isso que se leva da vida apenas as memórias.
Beijos