sábado, 29 de maio de 2010

Questionando o presente

Sinceramente, eu não gosto do período pré TPM. Eu fico muito mais sentimental aos acontcimentos em minha volta. Choro por qualquer motivo, me emociono com qualquer coisa. Esta certo que ja sou uma mateiga derretida por natureza, mas nesses períodos os sintomas aguçam.
Escrevo isso por aconteceu algo triste, justamente nessa semana frágil.
Parei pra pensar sobre meu passado, quando morava numa casinha de madeira, do outro lado da cidade, longe de tudo. Eu era uma criança muito ligada à minha vizinha e aos outros moradores que ali pertinho moravam.
Havia um menino que junto comigo brincava, ele tinha quase minha idade, talvez um ou dois anos mais velho, e era com ele que eu dividia minhas tardes, praticamente TODAS as tardes. Foi esse garoto que deixou um dos meus dedos do pé diferente dos outros, graças a um tijolo jogado proporcionalmente nele. Conto esse detalhe por que, parece bizarro, mas tenho orgulho dessa lembrança, talvez por ser uma das poucas - dessa época -que ainda vivem na minha memória.
Lembrei dele numa dessas tardes e quis saber o que esta acontecendo presentemente com ele, descobri que o moço se envolveu com drogas, e o tráfico esta acontecendo na sua residência, não faço idéia de onde ele mora atualmente, só sei que é com a sua mãe, uma pessoa super querida, que tenho maior carinho e respeito.
Fiquei pasma com a atitude tomada por ele para definir seu destino. Como pode uma pessoa que brincou com você, passava as tardes com você, se alimentava na mesma mesa que você, hoje esta num caminho tão impróprio?
O que piora a situação é saber que ele foi avisado por pessoas que o amam sobre o futuro se ele continuar onde esta "só tem dois lugares onde você pode parar: cadeia ou cemitério!" e mesmo assim ele não desistir. Parece gostar de ferir aos que querem o seu bem.
Sabendo de tudo isso parei, sentei, refleti e chorei. Até eu que sou um passado distante fui afetada com o presente de alguém que ja não faz parte mais da minha vida.
A manteiga derretida aqui dissolveu de vez, mas só por alguns dias, logo mais tudo em minha mente volta ao normal e meu estado emocional melhora, e tudo volta como sempre foi, tanto no exterior quanto no interior.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Oh, Captain! My, Captain!

"Não lemos nem escrevemos poesia porque é bonitinho.
Lemos e escrevemos poesia porque somos humanos.
A raça humana esta repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo.
Mas a poesia, beleza, romance, amor...é para isso que vivemos."

(Sociedade dos Poetas Mortos)