domingo, 25 de outubro de 2009

Platônico

Era uma noite que não prometia muito, apenas algumas bandas tocando músicas diversas, pessoas sorridentes ao redor e cerveja. Nada além do costumeiro.
Foi quando me encostei no balcão e fiz meu pedido. Ali do meu lado apareceu um sujeito que antes nunca tinha visto, ou pelo menos nunca havia reparado. Jamais imaginei que a partir daquele momento, o sujeito tornaria-se um alguém, digamos, importante.
A noite terminou e o moço ficou ali parado nas minhas lembranças, fui embora sem saber se o veria novamente.
Passado alguns dias, sem nada novo, eu o vejo. Aquele friozinho na barriga surge, pensei comigo "Nada de nervosismo!", e foi tudo tranquilo, a única diferença foi que o sentimento platônico cresceu. Isso até um determinado momento é muito bom. Até um determinado momento. E mais uma vez fui embora só com as lembranças da noite costumeira.
Já se passaram dias, meses, sua fisionomia some das minhas lembranças, fico me consumindo com o pouco que ainda resta.
Tento dizer algo, mas não tenho nada para dizer. Tento fazer algo, mas nada é adequado. Fico me preocupando, tentando adivinhar seus pensamentos, saber se estou correta com os meus atos. Mas nada é respondido. Nada.
Sem nada previsto para o futuro, fico à esperar, querendo saber se um dia pode dar certo. Eu desisti de tentar agilizar ou fazer com que o tempo proceda ao meu favor.
Acho que a coisa certa a fazer é esperar mesmo. Assim espero.

Esperando...