Dentro da cozinha só vejo os pertencem dela mesma: fogão, pía, geladeira, mesa, cadeiras, nada novo, tudo em seu devido lugar. Mas ao olhar janela a fora vejo alguém vindo em uma bicicleta amarela, sim, o carteiro, e esse não esta em seu devido lugar, sendo que suas visitas são raras por aqui.
Fico espiando ele colocar a correspondência dentro da caixinha onde as cartas são guardadas até alguém ir busca-las. Espio mais um pouco e...pronto!
Correspondência entregue, coração acelera e a curiosidade misturada com a esperança fazem minhas mãos abrirem a porta da cozinha e eu sair disparada para fora.
Os poucos segundos que cruzo o terreno até chegar a caixinha das cartas parecem ser eternos.
Chego, abro com muito cuidado e devagar a caixinha, consigo ver um envelope branco e dobrado, pego com cautela, desdobro, viro para o destinatário e me decepciono, só mais uma conta para pagar destinada a outro morador da casa.
Vejo minha alegria deixar rastros na volta a cozinha, e passo o resto do dia esperando o carteiro voltar com uma carta para mim. A carta de alguém que ainda não sei quem.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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