Lá estava eu...
sozinha
Pensando que ficar assim era o melhor
Admirando a beleza das coisas
mas vendo apenas a metade de tudo
Lá estava você
no meio de tudo o que acontecia
Admirando de longe o que eu via
tentando se aproximar
Um passo. Um ato.
Hoje nós estamos
nós somos
nós existimos
Admiramos o mesmo horizonte
Completando a paisagem um do outro
vivemos.
Agora sei que ficar sozinha não pode dividir
Não pode fazer certos planos
Não pode doar-se
Entregar-se
Ser completa!
Duas almas que se encontraram
Duas peças que se encaixam
Duas pessoas que se amam
quinta-feira, 1 de março de 2012
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Vida contínua, porém, um novo tic tac.
Fico olhando o relógio de hora em hora, fazendo contas para saber quanto tempo falta para terminar o expediente alheio. Fico fazendo planos para saber como, onde e quando encontrar, assim, sem querer, a pessoa pela qual você tanto usa a matemática.
Mas que rotina mais fora da rotina fui adotar!
Faço, sinto, tudo pelas escondidas, nada é revelado, de vez em quando uma palavra ou outra escapa, mas por falta de controle, pois existe algo dentro de mim que esta quase explodindo.
Mergulhar de cabeça nunca foi meu forte, nem nunca será!
O que acontece, aos poucos, é apenas a adaptação até encontrar um chão seguro onde pisar. Um chão construído por mim, com referências confiantes.
Sou uma incógnita, um grande ponto de interrogação.
Minha vida é poesia, é romantismo, é fantasia, é um furacão, é um vulcão, preste a entrar em erupção, para depois apenas as cinzas serem lembradas.
Então a calmaria, um novo dia, este com cores alegres, assim como as flores nos oferecem quando a primavera vem prestigiá-las.
Assim sou eu, assim sou com todos ao meu redor, e é assim que trago felicidade, duvidas... é assim que vivo.
E o relógio andou, correu, e o horário deu. E você sai e eu fico feliz, mesmo sem você saber dessa felicidade.
Mas não me importo, nunca fui de revelar certas coisas.
Por mais livro aberto que nossa vida seja, sempre há entre-linhas, que raros conseguem desifrar.
Mas que rotina mais fora da rotina fui adotar!
Faço, sinto, tudo pelas escondidas, nada é revelado, de vez em quando uma palavra ou outra escapa, mas por falta de controle, pois existe algo dentro de mim que esta quase explodindo.
Mergulhar de cabeça nunca foi meu forte, nem nunca será!
O que acontece, aos poucos, é apenas a adaptação até encontrar um chão seguro onde pisar. Um chão construído por mim, com referências confiantes.
Sou uma incógnita, um grande ponto de interrogação.
Minha vida é poesia, é romantismo, é fantasia, é um furacão, é um vulcão, preste a entrar em erupção, para depois apenas as cinzas serem lembradas.
Então a calmaria, um novo dia, este com cores alegres, assim como as flores nos oferecem quando a primavera vem prestigiá-las.
Assim sou eu, assim sou com todos ao meu redor, e é assim que trago felicidade, duvidas... é assim que vivo.
E o relógio andou, correu, e o horário deu. E você sai e eu fico feliz, mesmo sem você saber dessa felicidade.
Mas não me importo, nunca fui de revelar certas coisas.
Por mais livro aberto que nossa vida seja, sempre há entre-linhas, que raros conseguem desifrar.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Gélido é o tempo
E o tempo passa sobre nossas vidas.
Voando.
Deixando apenas a brisa.
Frios. Calafrios.
Sinto meu corpo correspondendo com o clima gélido.
Congelante é o tempo, congelado é o homem.
Junto com o inverno recebo suas punições.
Olhares distantes e vazios.
Sentimentos quentes deixados no verão que passou.
Voando...
Assim como o tempo voa,
os sentimentos também.
Estes são levados para um lugar seguro.
No quarto das memórias.
Voando.
Deixando apenas a brisa.
Frios. Calafrios.
Sinto meu corpo correspondendo com o clima gélido.
Congelante é o tempo, congelado é o homem.
Junto com o inverno recebo suas punições.
Olhares distantes e vazios.
Sentimentos quentes deixados no verão que passou.
Voando...
Assim como o tempo voa,
os sentimentos também.
Estes são levados para um lugar seguro.
No quarto das memórias.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Mentiras
Quantas mentiras nos contaram, foram tantas, que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.
Uma das mentiras:
É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante.
É muito simples: não podemos.
Não podemos, quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante .
Aliás, nem a de companheira, quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?
Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer - sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.
Ah, quanta mentira!
Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha, não à que
faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada, mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.
Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida.
Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes - aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro.
Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe, tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação, e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.
É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito, não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.
Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho, na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.
Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver .
Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver:
ar, água e pão.
Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade, impossível, eu diria.
Parabéns para quem consegue fingir tudo isso....
Danuza Leão
Uma das mentiras:
É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante.
É muito simples: não podemos.
Não podemos, quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante .
Aliás, nem a de companheira, quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?
Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer - sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.
Ah, quanta mentira!
Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha, não à que
faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada, mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.
Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida.
Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes - aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro.
Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe, tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação, e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.
É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito, não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.
Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho, na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.
Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver .
Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver:
ar, água e pão.
Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade, impossível, eu diria.
Parabéns para quem consegue fingir tudo isso....
Danuza Leão
terça-feira, 7 de junho de 2011
Fotografias engolidas
Sendo olhado através de olhares diversos.
Diversos meios de interpretação.
Interpretação da realidade.
Realidade fora do real.
Real em foto antiga. Mastigada. Comida.
Comida que satisfaz meu ego.
Ego meu, que foi misturado com as lembranças e as bobagens digeridas.
Digeridas na memória, digeridas na barriga.
Barriga que cresce.
Cresce de luz.
Luz que nasce.
Nasce com as memórias fotográficas, por mim colocadas boca para dentro.
Dentro de mim se mistura as lembranças que não são minhas, junto com as lembranças que ainda estão por vir, de um ser que nem sabe que existe.
Diversos meios de interpretação.
Interpretação da realidade.
Realidade fora do real.
Real em foto antiga. Mastigada. Comida.
Comida que satisfaz meu ego.
Ego meu, que foi misturado com as lembranças e as bobagens digeridas.
Digeridas na memória, digeridas na barriga.
Barriga que cresce.
Cresce de luz.
Luz que nasce.
Nasce com as memórias fotográficas, por mim colocadas boca para dentro.
Dentro de mim se mistura as lembranças que não são minhas, junto com as lembranças que ainda estão por vir, de um ser que nem sabe que existe.
sábado, 7 de maio de 2011
Just the Way You Are
Quando eu vejo o seu rosto
Não há nada que eu mudaria
Pois você é incrível
Exatamente como você é
E quando você sorri
O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo
Pois, garota, você é incrível
Exatamente como você é
(Versão Boyce Avenue)
Não há nada que eu mudaria
Pois você é incrível
Exatamente como você é
E quando você sorri
O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo
Pois, garota, você é incrível
Exatamente como você é
(Versão Boyce Avenue)
segunda-feira, 28 de março de 2011
No embalo das dúvidas diárias
Várias interrogações surgem
Perguntas que em alguns dias tem respostas
em outros, as respostas as quais tinham, ja não bastam mais.
Tudo parece tão abstrato.
Um univrso de belezas cinematográficas e musicais
rodeiam em mim.
Cenas, história, melodias,
tudo envolve o embalo do momento vívido.
Até a hora que o jogo vira,
cinza, preto, escuridão, exclusão, choro.
Meu mundo desaba, e eu junto as peças e as colo novamente.
E tudo esta em seu devido lugar.
Até eu encontrar uma rachadura, um pedaço mal colado, ou a falta de uma peça.
Dúvidas!
O ciclo começa e recomeça.
Envolvo, desenvolvo.
Gosto de estar gostando. Me apaixono.
E por um longo momento deixo a paixão de lado.
É como o vento, que beija a face exposta, e vai embora.
Depois volta para dar outro beijo e dessa vez para ficar.
Mas depois vai embora, de novo.
E volta. E vai. E volta. E vai. E volta...
Perguntas que em alguns dias tem respostas
em outros, as respostas as quais tinham, ja não bastam mais.
Tudo parece tão abstrato.
Um univrso de belezas cinematográficas e musicais
rodeiam em mim.
Cenas, história, melodias,
tudo envolve o embalo do momento vívido.
Até a hora que o jogo vira,
cinza, preto, escuridão, exclusão, choro.
Meu mundo desaba, e eu junto as peças e as colo novamente.
E tudo esta em seu devido lugar.
Até eu encontrar uma rachadura, um pedaço mal colado, ou a falta de uma peça.
Dúvidas!
O ciclo começa e recomeça.
Envolvo, desenvolvo.
Gosto de estar gostando. Me apaixono.
E por um longo momento deixo a paixão de lado.
É como o vento, que beija a face exposta, e vai embora.
Depois volta para dar outro beijo e dessa vez para ficar.
Mas depois vai embora, de novo.
E volta. E vai. E volta. E vai. E volta...
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