segunda-feira, 28 de março de 2011

No embalo das dúvidas diárias

Várias interrogações surgem
Perguntas que em alguns dias tem respostas
em outros, as respostas as quais tinham, ja não bastam mais.
Tudo parece tão abstrato.
Um univrso de belezas cinematográficas e musicais
rodeiam em mim.
Cenas, história, melodias,
tudo envolve o embalo do momento vívido.
Até a hora que o jogo vira,
cinza, preto, escuridão, exclusão, choro.
Meu mundo desaba, e eu junto as peças e as colo novamente.
E tudo esta em seu devido lugar.
Até eu encontrar uma rachadura, um pedaço mal colado, ou a falta de uma peça.
Dúvidas!
O ciclo começa e recomeça.
Envolvo, desenvolvo.
Gosto de estar gostando. Me apaixono.
E por um longo momento deixo a paixão de lado.
É como o vento, que beija a face exposta, e vai embora.
Depois volta para dar outro beijo e dessa vez para ficar.
Mas depois vai embora, de novo.
E volta. E vai. E volta. E vai. E volta...

terça-feira, 22 de março de 2011

Sintaxe à Vontade

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
A partir de sempre todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
E eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua oração
sua pressa, sua prece
Que enxerguemos o fato de termos acessórios para nossa oração
Sim, separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas sejamos, também, a contra-capa
Porque ser a capa, mas ser contra-capa é a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar a si mesmo é, muitas vezes, encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse momento cada um se encontre aqui agora
um possa se encontrar no outro
e outro um
até porque...
tem horas que a gente se pergunta...
"por que é que não se junta tudo numa coisa só?"

(O Teatro Mágico)